terça-feira, 17 de agosto de 2010

Este infinito amor de um ano faz 
Que é maior do que o tempo e do que tudo 
Este amor que é real e que , contudo 
Eu ja não cria que existisse mais .

Este amor que surgiu inesperado 
E que dentro do drama fez-se em paz 
Este amor que é o túmolo onde jaz 
Meu corpo pra sempre sepultado.

Este amor meu é como um rio ; um rio
Noturno , e terminavel e tardio 
A deslizar macio pelo ermo...
E que em seu curso sideral me leva
Iluminado de paixão na treva 
Para o espaço sem fim de um mar sem termo. 

(J. Olympio)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quando hoje acordei , ainda fazia escuro
(Embora a manhã estivesse avançada)
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite .
Então me levantei ,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente , acendi um cigarro e fiquei pensando...
-Humildemente pensando na vida e nos homens que amei.


(Aguilar)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

"Fungue comprimidamente.
- Não faz mal, eu vou matar ele.

- Que é isso menino, matares teu pai?
- Vou, sim. Eu já até que comecei. Matar não quer dizer a gente pegar o revólver de Buck Jones e fazer bum! Não é isso. A gente mata no coração. Vai deixando de querer bem. E um dia a pessoa morreu."

- Mateus Bernstein