-Eu vou te abandonar, Sara. Eu vou deixar esta conta falsa, vou viver de verdade, vou ter uma namorada de verdade. Vou te deixar, Sara.
Então ela veio, veio correndo na minha direção com seus olhos grandes, grandes e
marejados. Abraçou-me. Empurrei sua cabeça contra meu peito e então a
envolvi com meus braços. Entre soluços cada vez mais fortes, ia derramando
toda a tristeza através dos seus olhos tão tímidos enquanto eu ia sendo
retirado do meu próprio casulo, onde nada me tocava, e começava a adentrar
definitivamente no mundo real e a sentir a humanidade me doer nas veias.
Ela foi homem, mais homem do que eu.
Nossa... Mexeu comigo de uma forma que nem sei. Tão simples, mas tão intenso. Adorei.
ResponderExcluirAchei a intenção do texto interessante, a de penetrar na cabeça de um personagem masculino. Acho que você deveria tentar isso mais vezes, exercitar a técnica.
ResponderExcluirSobre seu comentário no meu blog, gostaria de agradecer muito. O simples fato de ler e comentar já é algo muito bom, mas vê-se que você tem verdadeiro afeto pelos poemas, e isso é mais que gratificante. Quanto a usar o poema como epígrafe de um escrito seu, me deixaria lisonjeado.
Que intenso, Bruna, gostei.
ResponderExcluirJá estou te seguindo, voltarei mais vezes. :)
Beijo.